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quinta-feira, 22 de outubro de 2015
RAUL SOARES E SEUS PONTILHÕES.
A PONTE DE CONCRETO MACIÇO PODIA SER VISTA DE LONGE.
QUANTOS DESTINOS CRUZARAM SEUS TRILHOS?
QUANTOS AMORES NASCERAM E MORRERAM
COM A CHEGADA E A PARTIDA DOS TRENS?
E QUANDO MENOS QUE DE REPENTE OS TRENS SUMIRAM,
AS PESSOAS E OUTRAS RIQUEZAS SE FORAM,
E FICOU APENAS A SAUDADE,
ENQUANTO OS PONTILHÕES VIRARAM PASSARELAS.
AGORA VEJO AS MOÇAS VIÇOSAS
PASSANDO DE UM LADO PARA O OUTRO;
SUAS BELEZAS CONTRASTANDO
COM OS ROBUSTOS VERGALHÕES DE METAL.
VEJO O SENHOR JOSÉ, SAÚDO A DONA MARIA,
ENCURTO MEU CAMINHO,
OUÇO GRITOS DE LÁSTIMA E DE ALEGRIA
MISTURADOS COM A LEMBRANÇA DO APITO DA VELHA MARIA FUMAÇA.
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